Os brinquedos espalhados no chão em torno da menina
Pareciam não chamar mais sua atenção
Não queria mais brincar, perderam o brilho
Já não tinham graça não
Olhou para seu trenzinho, sua bola e boneca
Percebeu que tinha muito mais brinquedo a sua volta, ignorou
Não sentia vontade de mexer neles,
Não tinha vontade, seu tempo passou
Não tinha mais fantasia para sonhar, Não queria imaginar família, filhinhos ou lar
Queria olhar pela janela, Mas não tinha altura para alcançar
Queria ver o sol da primavera, Queria ver o horizonte além-mar
Então ela subiu no seu banquinho, as perninhas a tremer
Tinha medo de cair, Mas já não queria descer
Continuou a subir Tentando tudo o que via examinar
Tanto que era tudo, não conseguia, Era muito mundo à sua volta
Precisava de ajuda para olhar
Era tanto a fazer, Muitas tarefas a cumprir
Aquele mundo era sua escola,
Estava em tempo de aprender mais
Pensando nisso se pôs a sorrir
Desceu do banco chutou a bola
Rodopiou feito pião
Riu para a boneca, que sorriu de volta
E ao grande mundo estendeu a mão
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