quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Carol Adams

Ela era solta na vida
Sim, uma mulher de verdade
Amélia passava longe dela
Ahahahaha
Sabia o que queria e sabia como
Fazer para lá chegar
Não era somente
Mais um rostinho delicado
Num corpo de vulcão
Não
Seus olhos claros vivos
Sagacidade não lhes faltava
Inteligência e certa frieza,
Maquiavelice talvez permeasse
Seu coração
Era mulher com jeito de menina
Mas de menina só o sorriso e o olhar
Tão devastadora como um Tsunami
Tão poderosa quanto um furacão
Sabia viver, sabia brincar
Passava e não deixava vestígios
Não sabia, nem queria amar
Vivia sob pragmatismo
Não tinha paciência
Com ninguém queria para sempre estar
Sabia ser desejada e querida por todos
A despeito do seu jeito, não irritava,
Seduzia aos bobos
Também aos astutos conseguia conquistar
O que será dessa menina? Isso me preocupa
Será que a alguém um dia irá amar?
Será que conseguirá se entregar de coração?
E superando o pragmatismo, saberá se deixar levar
Pelos ventos da paixão?
Senão, o que será dessa menina? Juro, não sei dizer.
Sei que ela é minha amiga, admiro sua vida,
Mas como ela não posso ser.

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