terça-feira, 19 de agosto de 2008

A última lembrança

“A última lembrança que tenho dela é seu sorriso afável, suas mãos enrugadas em minha face e seu olhar compassivo.
Não nutri na memória a última imagem sua: semblante gélido na moldura sem vida. Aquela não era minha mãe.
Minha mãe, mulher forte, cheia de graça e vida. Irradiava luz por onde quer que ela passasse. A bondade transbordava-lhe a alma.
Mulher brava, inteligente, trabalhadora, seu valor excedendo todas as riquezas do mundo. Ela sempre foi o meu ideal de mulher. Bela por dentro e por fora, meu porto seguro, lugar de paz onde sempre tive acalanto.
Meu amor por ela jamais acabará. Sinto muito no meu coração a ausência dela, mas sei que onde quer que ela esteja não deixará de velar por mim.
Não há meios de se estancar a dor e a tristeza. Sou grato a Deus que me deu a graça de ter minha mãe comigo até o momento do fim. Amém.“

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