sábado, 31 de janeiro de 2009

Brincar de gato e rato

Eu sou o gato, você o rato
Você corre, eu vou atrás
Tenta se esconder, mas eu te encontro
Estou dentro de você, não adianta fugir, meu rapaz

Sou gato, sou gata, trigesa mimada
Você meu ratinho, brinquedinho, lanchinho, nada mais

Te quero assim, assustado, fugindo
Quero você correndo, nunca parado
Sua ânsia por liberdade é a energia que movimenta meus músculos
Sou caçadora por natureza, você minha presa danada

Te engano, finjo de cansada
Quando pensa que me perdi no rumo
Salto sobre ti na estrada

Não desisto das minhas vítimas
Brinquedos gosto de colecionar
Você corre de um lado para o outro
Desesperado, me faz rir
Corro atrás de ti, te chamo para brincar

Meu ratinho lindo, não tenha medo de mim
Quero contigo emoção
Devoro teu corpo, sugo sua alma
Mas nisso tudo seu sofrimento
Se transforma em pleno prazer,
e eterna diversão.

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

osrevnI onhimaC

Sempre me esforcei para fazer as coisas certas, do jeitinho que mamãe ensinou. E puta que pariu, nunca deu certo. Não conseguia a porra da aprovação da maluca da minha mãe e nem a minha satisfação. E nisso foram anos. Muitos anos. Escolhia as meninas que ela desejava no tempo que ela achou oportuno, pois desconfiava que eu fosse viado. Mas porra, pera lá, mulher é bicho chato. Não é bom começar muito cedo, caramba.
A minha primeira namorada era uma chata, cheia de vontades, manhas e coisas de menina. Me ligava todo dia para dizer... nada. Isso, dizer nada. Não dizia nada e ficava chateada com meu silêncio. Caralho, devo ter espirrado sêmen na cruz, só pode.
Finalmente deixei-na.
Ela sofreu, disse que morreria, que isso e aquilo. Que eu era o homem da vida dela, que não tinha olhos para ninguém, que viraria freira ou se mataria. Fez com que eu me sentisse um lixo e depois de dois meses já se esfregava com outro no portão de sua casa.
Eu não liguei.
Fiquei feliz que tudo aquilo tenha sido encenação dela. E mais ainda que já estava feliz ralando com o meu vizinho, aquele que ela odiava.
Minha mãe faltou me matar quando terminei com a "menina para casar". Caraca, tinha 20 anos e minha mãe já falava em relacionamento para casar. Coitada da minha irmã mais nova. Essa aí ta fudida mesmo...hehehe
Uma época comecei a sair com a gostosa da amiga dela que era casada. A mulher era um puta na cama. Com aquela eu casava, com certeza. Mulher com fogo de incendiar o corpo de bombeiros com todos os soldados juntos e ainda a Pmerj para auxiliar. Mas minha mãe descobriu e fez um escândalo. Acabou com minha alegria e com a da amiga. Ameaçou contar para o marido dela caso não parássemos de nos encontrar. Se minha mãe soubesse que na maioria das vezes nos encontrávamos na nossa casa, teria um treco. Obedeci mais uma vez. Assim foi para a escolha da carreira - militar, o modelo do carro, o período de férias. Ainda tinha o inferno que ela fazia da minha vida sempre que arrumava uma gostosona para comer, quero dizer, namorar.
Ela sempre insistia que eu namorasse aquelas beatas da igreja comedoras de hóstias. E parece que ela adivinhava. Quando eu começava a namorar uma escubadinha da igreja, cheia de fogo por baixo da saia, ela faltava virar o cão comigo até que o relacionamento terminasse.
Eu já estava de saco de cheio. Mesmo me esforçando para fazer as coisas direito para que as coisas ficassem legais, eu me fudia. Nada dava certo. Nada do que eu fazia era o suficiente. Finalmente fiquei de saco cheio com essa porra toda. Chutei o pau da barraca, abandonei as histórias da louca.
Larguei a carreira militar e fui estagiar em Direito como eu planejava. Vendi o carro e comprei a moto que eu queria. E estou com a mulher mais puta que já vi na vida. Trepamos no primeiro dia que nos conhecemos, ela me deixou maluco e me deixa até hoje. Não liga para nada e nem para ninguém na vida. Eu devo ser o maior chifrudo do planeta, mas não ligo. Diz o ditado, mulher gostosa é igual à mulher melancia, ninguém ta comendo sozinho. Não ligo para o medo que minha mãe tem que seu filho seja chifrudo. Ou que fique desempregado, pois as empresas privadas não oferecem garantias. Ou que morra numa batida de moto pois é muito perigoso. Estou vivendo minha vida da melhor maneira. Minha mãe continua louca e enlouquecendo minha irmã que só pode namorar viadinhos coroinhas do paróquia. Eu tive que começar a errar para às vezes acertar, na maioria das vezes erro de qualquer modo. Pelo menos erro na escolha que eu mesmo fiz. Agora deixa eu continuar a ligar para minha namorada, o celular dela só chama o dia inteirinho. Deve estar dormindo minha santinha...

Processo Seletivo - casamento Lúcia Almeida

Processo Seletivo

Casamento da Srta Lúcia Almeida

Informamos a todos a quem possa interessar que a srta Lúcia Almeida decidiu se casar. Segue abaixo o edital do processo seletivo.

- Os currículos devem conter até duas páginas.
- Idade mínima 28 e máxima 50 anos.
- Preferência para negros e fortes. Ou brancos, fortes e tatuados.

ATENÇÃO: Não aceitaremos candidatos com disfunção erétil.

- Os bons moços deverão comprovar status através de carta de indicação de duas ex-sogras.
- Os putos poderão participar do processo seletivo com défict de 10 pontos.
- Será feito test drive (antigo teste do sofá) com todos os candidatos.
- Os pré-selecionados serão submetidos a testes de paciência.
- Os inteligentes terão défict de 5 pontos.
- Os não inteligentes deverão ler 3 livros e farão prova escrita de conhecimentos gerais.
- Todos deverão saber fazer massagem com as mãos, a boca e o corpo.

Não participarão da seleção:
- divorciados
- gays
- bissexuais

- Homens kinderovo terão acesso ao processo seletivo desde que suas surpresas já tenham completado os 06 anos de idade até o último dia de inscrição.

- As particularidades dos candidatos serão avaliadas em teste oral apenas para aqueles selecionados na prova prática.

Observações:
1) Todos os currículos deverão conter foto de corpo inteiro do candidato trajando gravata vermelha.
2) Casos omissos serão avaliados pela Comissão de Amigas.


A resposta “deles“…


**********.**********.**********.**********.*********.**********.**********.**********.*********.**********.*****

De: Claudio Souza - SDVBrasil
Enviada em: Friday, 23 January, 2009 15:55
Para: RIO Gregorio Karla (Vera Lana)
Assunto: RES: Processo Seletivo - Casamento da Sr Jacinto.Prioridade: Alta

Processo Seletivo

Casamento do Sr Jacinto Pinto Aquino Rego.

Informamos a todas as quem possa interessar que o Sr Jacinto Pinto Aquino Rego decidiu se casar. Segue abaixo o edital do processo seletivo.
- Os currículos devem conter no máximo uma página.
- Idade mínima 16 e máxima 28 anos.
- Preferência para loiras, morenas, pardas, brancas, ruivas, negras e mulheres boazudas em geral.

ATENÇÃO: Não aceitaremos candidatas com anorexia ou indisposição sexual.

- As boas moças deverão comprovar status através de exame de virgindade.
- As devassas poderão participar do processo seletivo com acréscimo de 10 pontos.
- Será feito test drive (antigo teste do sofá) com todas as candidatas.
- As pré-selecionadas serão submetidos a testes de sopro e corpo.
- As inteligentes terão défict de 10 pontos.
- As não inteligentes deverão se submeter ao famoso teste da mão boba.
- Todas deverão saber fazer massagem com as mãos, a boca, o corpo e pompoarismo.

Não participarão da seleção:
- Casadas
- Lésbicas
- Feministas

- Mulheres kinderovo terão acesso ao processo seletivo desde que suas surpresas sejam realmente surpresas.

Observações:
1) Todos os currículos deverão conter foto de corpo inteiro da candidata trajando fio dental.

2) Casos omissos serão avaliados pela Comissão dos tarados anônimos.

Claudio Souza

Rebeldia

Minha avó deu para minha mãe que me presenteou quando fiz 15 anos. Desde pequena já tinha ouvido falar daquele livro. Já pertencia à família havia décadas. O "Manual da Boa Moça". Um livro mais espesso que a Torah. Continha todos os mandamentos de uma boa menina. Li-o dali em diante. Meditava nele todos os dias e todas as noites. E seria sempre uma boa menina, boa filha, mulher casta e esposa leal. Era isso que o livro ensinava. Seria uma boa moça na juventude e uma casta mulher na idade adulta. Assim seria feliz como mamãe que já estava casada havia mais de 25 anos. E vovó que morreu ao lado de meu avô.
Mulheres perfeitas, submissas, cuidadoras de seus lares. Mulheres virtuosas, com valor excedente ao de rubis. Seria feliz assim. Dona-de-casa, mãe de meus filhos e esposa de meu marido. Fiel.
Um único homem na vida. Dócil, recatada e submissa. Assim seria eu. Assim seria eu se não fosse odiar o fato de meu avô e meu pai terem tido diversas amantes. E também ao fato de sempre terem deixado suas mulheres sozinhas trocando-as pelas bebidas dos bares com os colegas. Ou de sempre afirmarem que graças a eles é que elas viviam pois não trabalhavam. Eu seria assim se não lembrasse das lágrimas da minha mãe no Natal quando o papai não estava lá, mas sempre viajando, sempre trabalhando. Seria assim. Mas não sou. Não fui. Não vou.

Sem pretensão - Sempre tesão

Sem pretensão

Cheguei como quem nada queria. A verdade é que eu não queria nada. A festa começaria em poucos minutos e ali estava eu. Despretensiosa. Comecei a beber vinho para relaxar. Percebi que um ele me fitava, mas não notei qualquer expressão de interesse. Não achei bonito, sequer atraente. Desviei o olhar sem emitir qualquer juízo de valor. A música começou a melhorar a cada batida ou a cada gole de vinho, não faz diferença. Quando percebi já estava solta nos braços do ar, sendo levada pelas ondas de calor que ressonavam em meus ouvidos. Dancei. Descia e subia, de um lado para o outro, sem tirar os pés do chão, flutuei. Cansei, cansei e dancei. Quando percebi, ele me olhava e se aproximou. Sem que lhe desse chance de se pronunciar ordenei que buscasse água para mim. Obediente. Foi o que fez. Trouxe minha água. Então disse-lhe lânguidamente que adorava homens obedientes. Confidenciei que precisava de um escravo, um mucamo, um vassalo. Não achou graça, não riu. Nem emitiu qualquer som. Não deixei de encará-lo. Bebi a água e pedi que buscasse vinho. Ele o fez. Bebi meu vinho e àquela altura suponho que meu olhar já penetrava-lhe as entranhas com o calor que saía do meu corpo suado. Dei-lhe as costas e fui para o hall do andar, precisava de ar. Ele me seguiu. Quando notei sua presença, deu-me um beijo que arrepiou meu corpo e inundou minha alma. Dancei colada ao seu corpo, envolvendo-o com os beijos, o toque e o olhar. Segurou-me pelos cabelos, fitou-me friamente e me indagou: "Não queria um escravo!?". Sorri com um jeitinho perverso e maroto. E dali para a frente somente o desejo teve razão. Desejo que nunca tem fim. Assim foi o começo de sua eterna escravidão. Eu que não dava nada para ele. E ele que de mim nada queria... Dali para sempre meu eterno escravo seria...


Segue abaixo a voz do "escravo". A perspectiva dele.bjs

De: Claudio Souza - SDVBrasil [mailto:c.souza@sdvbrasil.com.br]
Enviada em: Friday, 23 January, 2009 11:46
Para: RIO Gregorio Karla (Vera Lana)
Assunto: RES: Sem pretensão
Prioridade: Alta


Sempre tesão

Saí de casa, movido pelo tédio de um sábado sem grandes pretensões. Havia uma festa rolando na casa de um velho amigo e o programa era o único possível naquela noite sem grana e nublada. Peguei o metrô e cheguei por volta das dez. O clima já estava quente, musica alta, conversas animadas e depois do abraço caloroso ao velho amigo, a sanha maior era descolar uma cerva bem gelada. A garganta seca clamava pelo liquido dourado espumoso. Alguns conhecidos da faculdade dançavam alucinados no meio da sala e ultrapassar aquela barreira de gente pulando e sacudindo seus corpos era tarefa difícil para quem ainda estava em seu estado normal de consciência. Mas o acaso sempre traz uma surpresa. Antes de chegar à cozinha, lá estava linda e sensual, aquela que dançava com os olhos fechados e mãos para o ar. Parecia uma deusa, uma visão onírica e erótica projetada a minha frente. Ela entreabriu os olhos e percebeu que eu a admirava. Sorri e ela me esnobou com um olhar de soslaio. Tinha uma taça de vinho na mão esquerda e bebericava lentamente sorvendo cada delícia do momento como se fosse o último. Pra mim, ela passou a ser a primeira e única. Meu ânimo se revigorou em um instante. Fiquei alucinado pelas suas curvas, lábios carnudos e sensualidade naquela dança. Uma mulher misteriosa, um enigma pedindo para ser decifrado ou quem sabe, devorado. Olhei fundo em seus olhos e me aproximei com reverência. Dessa vez, ela me fitou e esboçou um meio sorriso tal qual a Mona lisa. Fui de poucas palavras, apresentando-me com cautela. O barulho da música alta impedia qualquer conversa e então me aproximei dela para ouvi-la; consegui sentir seu hálito adocicado pelo vinho e a visão daqueles lábios carnudos molhados me trouxe uma forte excitação aliada à uma vontade irresistível de beijá-la. Contive-me o máximo para não estragar o momento. Ela me pediu um copo d´água. Sem pestanejar, trouxe-lhe a água o mais rápido possível. Ela riu e disse alguma coisa engraçada sobre mucano, escravo, sei lá..estava tão inebriado por aquela mulher, um desejo tão a flor da pele que apenas estar ali ao lado dela já era muito pra aquela noite. Ela bebia lentamente, deixando pingar algumas gotas em seu generoso decote. Acompanhei cada gotícula que pingava e desciam entre seus seios, misturando-se ao suor, o cheiro inebriante daquele perfume, aquele lindo pescoço e a minha sede misturada a fome e ao desejo por aquela mulher. Abriu um sorriso, mostrou-me a taça vazia e ordenou que eu lhe trouxesse mais vinho. O olhar altivo e a voz imperativa, pressenti que era esse o jogo: eu seria o seu escravo. Pegou sua taça cheia e deu-me as costas em direção ao hall. Provocou-me com um rebolado lascivo, a calça jeans justa revelando suas curvas, ampliando os limites da luxúria em meu pensamento. Antes de chegar a janela, não contive a minha sana e num ato de puro instinto animal puxei seu corpo pelos quadris e beijei sua boca com toda a necessidade e tesão que explodiam em mim. A química dos corpos foi inevitável. Uma explosão de sentidos se fez presente, dois mundos se colidindo e ampliando espaços. Tal como acontece em estados de transe, o tempo parou. Seu corpo tremeu junto ao meu, a fusão de opostos impedida pelas roupas que nos cobriam. Nossas línguas quentes passeavam uma na outra, mãos febris e vontades irrefreáveis. Estávamos mais próximos agora. Bebi do vinho pela sua boca que respigou em minha blusa branca. Fui atingido em cheio por aquela mulher. Agarrando-a pelos cabelos, fui firme e viril: não querias um escravo? Pois agora, terás um que lhe servirá e muito naquilo que tanto precisas...Naquela noite sem pretensão, fui escravo dela que unicamente me pedia mais e mais com força e sempre tesão.