quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

osrevnI onhimaC

Sempre me esforcei para fazer as coisas certas, do jeitinho que mamãe ensinou. E puta que pariu, nunca deu certo. Não conseguia a porra da aprovação da maluca da minha mãe e nem a minha satisfação. E nisso foram anos. Muitos anos. Escolhia as meninas que ela desejava no tempo que ela achou oportuno, pois desconfiava que eu fosse viado. Mas porra, pera lá, mulher é bicho chato. Não é bom começar muito cedo, caramba.
A minha primeira namorada era uma chata, cheia de vontades, manhas e coisas de menina. Me ligava todo dia para dizer... nada. Isso, dizer nada. Não dizia nada e ficava chateada com meu silêncio. Caralho, devo ter espirrado sêmen na cruz, só pode.
Finalmente deixei-na.
Ela sofreu, disse que morreria, que isso e aquilo. Que eu era o homem da vida dela, que não tinha olhos para ninguém, que viraria freira ou se mataria. Fez com que eu me sentisse um lixo e depois de dois meses já se esfregava com outro no portão de sua casa.
Eu não liguei.
Fiquei feliz que tudo aquilo tenha sido encenação dela. E mais ainda que já estava feliz ralando com o meu vizinho, aquele que ela odiava.
Minha mãe faltou me matar quando terminei com a "menina para casar". Caraca, tinha 20 anos e minha mãe já falava em relacionamento para casar. Coitada da minha irmã mais nova. Essa aí ta fudida mesmo...hehehe
Uma época comecei a sair com a gostosa da amiga dela que era casada. A mulher era um puta na cama. Com aquela eu casava, com certeza. Mulher com fogo de incendiar o corpo de bombeiros com todos os soldados juntos e ainda a Pmerj para auxiliar. Mas minha mãe descobriu e fez um escândalo. Acabou com minha alegria e com a da amiga. Ameaçou contar para o marido dela caso não parássemos de nos encontrar. Se minha mãe soubesse que na maioria das vezes nos encontrávamos na nossa casa, teria um treco. Obedeci mais uma vez. Assim foi para a escolha da carreira - militar, o modelo do carro, o período de férias. Ainda tinha o inferno que ela fazia da minha vida sempre que arrumava uma gostosona para comer, quero dizer, namorar.
Ela sempre insistia que eu namorasse aquelas beatas da igreja comedoras de hóstias. E parece que ela adivinhava. Quando eu começava a namorar uma escubadinha da igreja, cheia de fogo por baixo da saia, ela faltava virar o cão comigo até que o relacionamento terminasse.
Eu já estava de saco de cheio. Mesmo me esforçando para fazer as coisas direito para que as coisas ficassem legais, eu me fudia. Nada dava certo. Nada do que eu fazia era o suficiente. Finalmente fiquei de saco cheio com essa porra toda. Chutei o pau da barraca, abandonei as histórias da louca.
Larguei a carreira militar e fui estagiar em Direito como eu planejava. Vendi o carro e comprei a moto que eu queria. E estou com a mulher mais puta que já vi na vida. Trepamos no primeiro dia que nos conhecemos, ela me deixou maluco e me deixa até hoje. Não liga para nada e nem para ninguém na vida. Eu devo ser o maior chifrudo do planeta, mas não ligo. Diz o ditado, mulher gostosa é igual à mulher melancia, ninguém ta comendo sozinho. Não ligo para o medo que minha mãe tem que seu filho seja chifrudo. Ou que fique desempregado, pois as empresas privadas não oferecem garantias. Ou que morra numa batida de moto pois é muito perigoso. Estou vivendo minha vida da melhor maneira. Minha mãe continua louca e enlouquecendo minha irmã que só pode namorar viadinhos coroinhas do paróquia. Eu tive que começar a errar para às vezes acertar, na maioria das vezes erro de qualquer modo. Pelo menos erro na escolha que eu mesmo fiz. Agora deixa eu continuar a ligar para minha namorada, o celular dela só chama o dia inteirinho. Deve estar dormindo minha santinha...

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