quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Estava esperando o vendaval passar quando de repente saltou um gatinho no meu ombro
Muito pequeno e cinza, o gatinho me assustou que pulei num grito
Ele se assustou comigo também
Nos olhamos e perguntamos um ao outro quem tomaria a iniciativa
Eu tirá-lo dos meus ombros
Ou ele saltar por vontade própria de lá
Não respondi
Ele sim. Começou a se aninhar no meu pescoço, aí foi que ele me venceu
Meus olhos cresceram em afeto pelo cinza gatinho
Tomei-o em minhas mãos
Acarinhei-o por minutos a fim
Ele se encolhia e cerrava os olhinhos para mim
Era como se já nos pertencêssemos desde muito tempo
O gato cinza e eu
Quando olhei para a rua
A poeira que o vento sacudia já havia sentado
As roupas nos varais, os papéis e plásticos pelas calçadas e tudo o mais já
Tinham sossegado
Emergiam paz plena e grande tranqüilidade
As nuvens turvas e espessas se dissiparam
Embora não tivesse chovido
Um lindo arco-íris
Surgiu no céu
Contemplamos tudo em silêncio
O gatinho cinza e eu

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