terça-feira, 26 de agosto de 2008

Cristina

Cristina é o tipo de mulher que não se acredita existir. É daquelas que figurariam um filme baseado em conto infantil; ficção e nada mais. Mas ela existe. Ela me disse: eu existo. Foi o que me disse. Disse aquilo para que eu tivesse certeza, ela é. E é assim: meiga, viva, frágil, melindrosa. Um ser vivo como nunca encontrei na vida antes algum. Tão singular que às vezes acredito ter caído num livro de contos de fada. Sim, pois a realidade é dura e crua demais para aquela alma delicada, que por vezes repousa serena em meus braços. Tento me antecipar e antever as decepções e frustrações que terei com ela, afinal ela é humana e isso é natural e normal. Mas a verdade é que naturalidade e normalidade não são conceitos que perpassem sua existência. Cristina é um anjo, não é menina, nem sequer mulher. Talvez seja tudo isso. Já tentei e não consegui conceituá-la. Tarefa muito árdua. Então me deixo, deixo-na. Não penso no porvir e apenas recebo a dádiva divina de tê-la ao meu lado, sob os meus cuidado.

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