Subiam e desciam
Nuvens de fumaça
No branco tácito do ventre
Vertigens azuis
Suspensão do ar
Asfixia ao impostar
Corrida para o lado e para frente
Sem saber para onde ir
Não sabendo se parar
Ou seguir em frente
Talvez nem disposto a sorrir
O sol e a lua brilhavam em suas costas,
passos largos, faltavam cair
Nuvens de fumaça
Voltavam
Começava agora sua vista embaçar
Não queria aquilo não queria nada
Estava confuso
Suspendia o ar
Em cada instante
O salto pulava
A cada minuto
Havia alguém para lá
Não sabia muito
Não sabia nada
Não sabia ser
Não sabia estar
O pulo alto cada vez
Mais avançava
A cada pulo mais se via
O mar
Não queria terra
Não queria água
Prescindia de tudo
Inclusive do ar
Nuvens espessas
Sua alma inundava
Águas quentes
Gelavam sua solidão
A cada pulo
Havia algo mais que amava
Amava o mundo
Sua solidão
Não era tudo
Não era nada
Não sabia ser
Também ficar
Mas queria tudo
Não querendo nada
Queria tudo
Numa vida
única alcançar
sábado, 13 de setembro de 2008
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