sábado, 13 de setembro de 2008

Subiam e desciam
Nuvens de fumaça
No branco tácito do ventre
Vertigens azuis
Suspensão do ar
Asfixia ao impostar
Corrida para o lado e para frente

Sem saber para onde ir
Não sabendo se parar
Ou seguir em frente
Talvez nem disposto a sorrir
O sol e a lua brilhavam em suas costas,
passos largos, faltavam cair

Nuvens de fumaça
Voltavam
Começava agora sua vista embaçar
Não queria aquilo não queria nada
Estava confuso
Suspendia o ar

Em cada instante
O salto pulava
A cada minuto
Havia alguém para lá
Não sabia muito
Não sabia nada
Não sabia ser
Não sabia estar

O pulo alto cada vez
Mais avançava
A cada pulo mais se via
O mar
Não queria terra
Não queria água
Prescindia de tudo
Inclusive do ar

Nuvens espessas
Sua alma inundava
Águas quentes
Gelavam sua solidão
A cada pulo
Havia algo mais que amava
Amava o mundo
Sua solidão

Não era tudo
Não era nada
Não sabia ser
Também ficar
Mas queria tudo
Não querendo nada
Queria tudo
Numa vida
única alcançar

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