sábado, 6 de setembro de 2008

FÊNIX

Quando eu nasci ele estava lá. Participou da minha morte também. Mas ressuscitei e ele não se afastou. Cresci, ganhei asas e voei, mas sempre que retornei seu braço estava estendido para meu pouso.
Assassinei, menti, iludi – a mim mesma, ele nunca recriminou. Sorriu e me fez sorrir, seu nobre jeito de amar.
Por me permitir voar e ser livre, ele me teve furtivamente em suas mãos. Com isso pôde me prender... Quem sabe?
Ainda estou aqui. Sempre estarei. Sou a chama que renasce das cinzas que faço da minha própria vida.

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