quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Confissão

Se eu soubesse que iria morrer hoje, confessaria o meu egoísmo. Confessaria quem sou, sem circunlóquios. Diria o que agora vou dizer.

Não me importa quem você é, o que me importa sou eu. O que importa é que você aprecia o que sou e o que eu produzo, massageando meu ego.
Não me importo com a dor alheia, com a sua dor, desde que essa dor não seja em mim. E mesmo para minha dor eu não ligo, pois a dor é também faceta da vida. Vivo o presente, estou fadada aqui viver até morrer. Não me preocupo com a morte, com os que partiram, nem com nada disso. Não estou preocupada com sua opinião, pois ela não interfere em quem sou. Não sou o que você deseja, não estou interessada em agradar você. Pense o que quiser.
Meu egoísmo faz com que eu gire em torno de mim, fica por perto quem me entreter. Gosto de brincar com a vida, com as pessoas, com o mundo, se isso faz mal a alguém não ligo. Não volto atrás, não tenho arrependimento por isso.
Odeio os idiotas, os falsos, os burros, hipócritas, os fracos, os indecisos, os débeis, os sem juízo, os que não têm razão e ignoram os "porquês", odeio os estúpidos, odeio os medíocres, os bostas, os básicos, os mesquinhos, os falaciosos, pretensiosos, que falam e nada são. Odeio os que são coca-cola. Odeio gente feia, odeio gente porca, gente preguiçosa, gente subserviente. Odeio gente incopetente. Odeio quem vive doente, chora miséria, e vive de compaixão. São os sentimentos dos fracos, perdedores, os nerds. Os que não são ninguém, podem ter o mundo, nunca alguém serão. Vivem nos guetos, nas sombras, nas trevas, vivem nos subúrbios, nos sótãos, cavernas, vivem nos lixos, no breu, não têm chão. Vivem da fome, se alimentam da miséria, não material, não têm alma, não têm bem espiritual. Choram sem lágrimas, reclamam de tudo, pode nunca chover mas nunca enxergam o sol. Nada em suas vidas brilha, sempre na escuridão. Odeio os fracos, os pobres de alma, que não se conhecem, não se possuem. São alienados, não têm paz e nem fazem guerra, vivem apáticos, se rastejam ao chão. Não tenho paciência com esse tipo de gente, se amanhã eu morresse diria até mais. Não sou cruel, sou realista, um ser humano forte, feito no amor, para a guerra e para a paz.

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