Um dia Cássia brincava com Alice. Alice tinha uma pelúcia que não largava. Brincava sempre com o bichinho em seus braços.
Cássia percebeu que aquela pelúcia era muito importante para Alice. Entendeu que sua amiguinha se sentia forte com seu ursinho. E que precisava muito dele.
Cássia se sentiu ofendida com aquilo. Se ofendeu porque era ela que devia ser a força de Alice. Alice deveria precisar dela, não de uma pelúcia idiota.
Num outro dia Cássia chamou essa amiguinha para brincar na praça próxima de casa. Alice levou seu bichinho de pelúcia como de costume. Durante a brincadeira de esconde-esconde Alice deixou seu ursinho cair. Não voltou para apanhar porque precisava se esconder muito rápido. Cássia vendo aquilo teve a oportunidade que esperava para se livrar do bicho.
Fingindo procurar por Alice, que tinha se escondido no muro que cercava a praça, Cássia pegou a pelúcia e atirou no rio que passava atrás da pracinha. A bichinho a princípio não afundou, mas absorveu muita água, imergiu no rio e despareceu.
Alice foi encontrada por Cássia. Por isso ela seria o pegador da brincadeira. Mas antes de recomeçar a brincar se desesperou quando viu que não encontrava mais seu bichinho. Na praça havia outras crianças. Sequer cogitou que a sua amiguinha estivesse por trás da tristeza grande que ela sentia. Estava desprotegida sem o seu amiguinho e irmão; estava sem força, triste e desamparada. Mas Cássia estava lá do seu lado.
Aconteceu o que Cássia esperava: agora Alice precisava mais dela do que nunca. Alice só sentia apoiada e forte ao lado de sua amiga e protetora Cássia.
Ninguém até hoje soube o que realmente aconteceu com a pelúcia de Alice.
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