quinta-feira, 3 de abril de 2008

Efêmero

A vida é efêmera
As pessoas o são
A beleza
A amizade
O romance
O amor
O sexo
As prioridades são efêmeras
As frivolidades e vulgaridades também
A fé é efêmera
A dor também o é
Assim como a felicidade daqueles que a buscam
Também o cansaço é
o corpo o é
Tudo passa
Tudo muda
Tudo vai
O sapato folgado ontem hoje aperta
A saia apertada, já está larga
A pele esticada agora tem rugas
O salto novo está desgastado
E a blusa da moda, demodê
A virtuosidade, infâmia
A verdade de amanhã, mentira do hoje
Tudo passa
Há coisas que tornam por aqui passar
A decepção
A desilusão
A confusão
Indecisão

O amor
O afeto
A alegria
A paixão

Nisso nós passamos
e deixamos lembranças
Que o tempo faz questão de apagar

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