sábado, 15 de novembro de 2008

Mesmo sem motivo para escrever
Sem ter o que falar
Não entendo o que eu sinto; eu vou dizer
Aquilo que me faz parar

Quando olho, não quero ver
Mesmo sem saber, não dá para acreditar
É verdade o que sinto por você
Ou será mera ilusão criada para sonhar?

De verdade quero este amor? Prefiro eu que ele venha acabar?
É difícil isso saber. Muito difícil interpretar

Vou continuar a sofrer? Por que a ser feliz não quero me habituar
Luto com o que sinto e ainda luto por você
Luto por algo que não imagino o que será

Minha voz, meu corpo, minha alma querem você
Minha mente, de ti se separar
Como pode esta luta? Quem irá vencer?
Estarei por perto ou irei me afastar?

Mulher que sou, maluca que sei
Amo-te e não quero essa realidade vivenciar
Segura estou longe de ti, não quero a isso ceder
Prefiro a segura solidão à incerteza de amar

Não findo por aqui, há mais o que dizer
Não encontro palavras certas para dissertar
Faço perguntas às quais não posso responder...
Cheguei à conclusão, opto por continuar.

Um comentário:

Karla Gregório disse...

Será que você continuou, ou desistiu? Esse padrão de fuga se repete quase incessantemente, não acha?
Você percebe que você sempre desiste e se afasta? Repira fundo, alongue-se, faça ioga. E, no fundo, não faça nada. Espere acontecer. Não tente tomar a vida dos outros por suas mãos. Não precisa se proteger, nem agredir. Não precisa ser melhor, mais especial que o outro. No amor somos parceiros, não oponentes. Permita que as pessoas se aproximem. Seja apenas você. Não force ser menos ou mais. Melhor nem pior. Simplesmente seja. Permita ser. Boa sorte!