Eu briguei com ele, pois queria liberdade. Queria independência. Queria fazer minha própria vontade. Briguei, esbravejei, me enfureci. Passaram-se dois anos desde este dia. E não faço nada senão obedecer-lhe. Não faço nada senão agradar-lhe e buscar sua aprovação. Sim, faço isso. Digo mais, faço e gosto. Sinto-me protegida da responsabilidade de pensar. Não preciso me arriscar e não preciso me proteger. Ele decide por mim. Sinto-me aliviada diante desse mundo complicado, que parece uma selva de disputa de poder. Não tenho vontade, mas tenho paz. Isso é o mais importante.
(Depoimento anônimo de uma das assinantes da Revista Femme Fatale - 24/05/98)
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