Num dia eu escrevia. Era capaz de detalhar minuciosamente meus pensamentos, sensações e sentimentos. Gostava de ler, de saber, conhecer e me aprofundar. Era capaz de articular teorias e auferir conclusões lógicas. Era capaz de deter conhecimentos, (re)produzi-los e criticá-los. Já fui capaz de criar conhecimento e analisá-los sob novas perspectivas.
Houve uma época em que podia me comunicar pela forma escrita de modo que as normas cultas da língua portuguesa fossem respeitadas. Era capaz de fazer de mim mesma um texto a mercê do entendimento do leitor. Um veículo aberto às diversas hermenêuticas.
Já existiu paixão na minha escrita, paixão pela vida, eu tinha uma ideologia.
Não tardou muito para que tudo o que eu acreditava viesse ruir aos pés de um realismo pessimista, niilismo estéril e criticismo estagnador. Morri naquele momento. Invés de perguntas, observações apáticas e conclusões equivocadas faziam parte do meu método. Meu erro fatal.
Quando na tentativa desesperada de silenciar minha mente inquieta escolhi a paz sem voz, me suicidei. Tornei estéril minha criatividade e minha imaginação. Um preço muito alto a pagar. Minha inteligência retrocedeu, se enamorou da mediocridade, do comum, do frugal.
No intuito de me sentir aceita, apenas mais uma, somente alguém entre tantos, sacrifiquei minhas melhores qualidades, e assassinei o brilho que havia em mim. Era uma vontade ingênua de pertencer ao todo, à massa, ao conjunto.
Tentativas em vão.
Após anos renegando a teoria, o conhecimento e o saber, minha vocação parece ter renascido. Ressurgindo tal qual a fênix das densas cinzas de uma chama intensa de outrora.
Hoje a minha razão clama por luz, oxigênio e refrigério em águas profundas.
A razão me vence mais uma vez. Já me diz que o amor e ela caminham de mãos dadas – ou sou eu que somente agora consigo isso compreender? - e que o elemento irracional das coisas complementam a realidade tal como é. Que jamais haverá conhecimento completo e definitivo, e que isso jamais deverá ser um obstáculo para a permanente busca. E sim o motor propulsor.
O conhecimento ensina que a cátedra principal é da sabedoria, a humildade é a via de mão única para alcançá-la. Somente neste contexto, o conhecimento faz sentido.
Implora que eu não desista de saber que ainda há o que aprender. Que vale a pena aprender, e que o conhecimento não é um fim em si, mas como a felicidade, o caminho sim.
Ainda me convence que não precisa ir muito longe para adquirir conhecimentos austeros. Mais ainda, me faz refletir que o saber comum é tão austero quanto todo o saber acumulado. Que o óbvio nem sempre é óbvio. E que a repetição nem sempre é um erro.
O mais importante, lança um feixe intenso de luz sobre uma razão que jazia infrutífera por anos. O conhecimento conclama uma racionalidade anulada pela imperícia, fragilidade e fraqueza. Convida à força, experiência e excelência.
Ainda que a paixão passe, o amor esfrie e o conhecimento se esvaia, a humildade poderá abrir-lhe a mente à sabedoria que chama.
Chamado de volta à paixão, ao amor e ao conhecimento uma alma irracional nutrida por uma razão, chama de razão.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
Há muito tempo não peço nada. Mas a verdade é que sempre tenho pedido algo. Peço agora mais uma vez.
Agora aquilo que sabe o que é, um pequeno pedaço de tudo que sonho e anseio. Na realidade uma ponta ou porta para alcançar. Sei que muito depende de mim: escolhas, competência, persistência. E é por isso também que peço sua ajuda para aquilo que não tenho poder para definir.
Muito tens me dado. Muito mesmo me concedido. Só teria a agradecer, tenho muito a agradecer: isto, aquilo, aquilo outro... No entanto, nesse momento não serei falsa em dizer que não tenho nada para pedir.
Conheces meu pensamento e meu coração? Compreendes os propósitos que tenho me colocado diante da vida? Prescruta meus pensamentos medos e receios? Então é fato que sabes tudo que penso e mais, tudo muito além do que tenho conhecimento. Isso me faz feliz, calma e confiante.
Peço hoje que faça conforme a sua vontade referente aquele petro que faz trans. Obrigada
Agora aquilo que sabe o que é, um pequeno pedaço de tudo que sonho e anseio. Na realidade uma ponta ou porta para alcançar. Sei que muito depende de mim: escolhas, competência, persistência. E é por isso também que peço sua ajuda para aquilo que não tenho poder para definir.
Muito tens me dado. Muito mesmo me concedido. Só teria a agradecer, tenho muito a agradecer: isto, aquilo, aquilo outro... No entanto, nesse momento não serei falsa em dizer que não tenho nada para pedir.
Conheces meu pensamento e meu coração? Compreendes os propósitos que tenho me colocado diante da vida? Prescruta meus pensamentos medos e receios? Então é fato que sabes tudo que penso e mais, tudo muito além do que tenho conhecimento. Isso me faz feliz, calma e confiante.
Peço hoje que faça conforme a sua vontade referente aquele petro que faz trans. Obrigada
quinta-feira, 1 de julho de 2010
quarta-feira, 23 de junho de 2010
Se disséssemos a verdade
Se disséssemos a verdade, o mundo acabaria
acabaria o mundo
acabaria a sociedade
os hipócritas sumiriam
e não sobraria mais nada
sem nenhuma alegoria
só a dura e nua verdade
dessa vida sem extravagâncias de alegria
acabaria o mundo
acabaria a sociedade
os hipócritas sumiriam
e não sobraria mais nada
sem nenhuma alegoria
só a dura e nua verdade
dessa vida sem extravagâncias de alegria
Se fossêmos românticos
Se eu pudesse compreender sua alma
E ter por ti o amor que tenho por mim
Se eu te pudesse proteger das dores da vida
E te fazer repousar no meu regaço
Se eu pudesse limpar todo terreno
Para que teus pés jamais se machucassem
E se no meu colo eu pudesse te acolher
E com carinho suas lágrimas recolher
e plantando-as no solo de esperença
colhendo assim nossas realizações
Se eu pudesse ser para ti o sublime sentimento
E tu para mim a mais completa emoção
E se conseguissemos viver esse relacionamento
Estariamos sempre contra a corrente desse mundo de ilusão
Convide-me para te amar
E receba-me como tua
E jamais te deixarei, jamais
Serei tua mulher, amiga e esposa
Leal companheira para todas as horas
Se tu me mativerdes próximo
E conseguirdes receber meu grande amor
Sem se sufocar com a intensa paixão
Sem se aborrecer com a extrema união
Amando o amor por mim, ainda paixão
Dizendo palavras torpes em meu ouvido
movido de tesão
E sentir comigo o prazer dessa junção
Serei tua serva, tua amiga, mucama, concumbina
meretriz, puta, virgem, mãe, Madalena e Maria
serei tua companheira, tua filha, tua luz e teu dia
Sempre serei sua,
juntos, em companhia
E ter por ti o amor que tenho por mim
Se eu te pudesse proteger das dores da vida
E te fazer repousar no meu regaço
Se eu pudesse limpar todo terreno
Para que teus pés jamais se machucassem
E se no meu colo eu pudesse te acolher
E com carinho suas lágrimas recolher
e plantando-as no solo de esperença
colhendo assim nossas realizações
Se eu pudesse ser para ti o sublime sentimento
E tu para mim a mais completa emoção
E se conseguissemos viver esse relacionamento
Estariamos sempre contra a corrente desse mundo de ilusão
Convide-me para te amar
E receba-me como tua
E jamais te deixarei, jamais
Serei tua mulher, amiga e esposa
Leal companheira para todas as horas
Se tu me mativerdes próximo
E conseguirdes receber meu grande amor
Sem se sufocar com a intensa paixão
Sem se aborrecer com a extrema união
Amando o amor por mim, ainda paixão
Dizendo palavras torpes em meu ouvido
movido de tesão
E sentir comigo o prazer dessa junção
Serei tua serva, tua amiga, mucama, concumbina
meretriz, puta, virgem, mãe, Madalena e Maria
serei tua companheira, tua filha, tua luz e teu dia
Sempre serei sua,
juntos, em companhia
Sou TDAH. E você?
"Estas meninas são quase sempre apelidadas com algum termo pejorativo, visando associá-las maldosamente a características masculinas: 'Joãozinho', 'Maria Machadinha' e 'Molequinho' são apenas alguns dos termos com que essas meninas 'cinéticas' são rotuladas.
Assim como os meninos, elas são facilmente notadas em meio a um grupo de crianças, na vizinhança, na sala de aula. Bagunceiras, ousadas e frequentemente respondonas, dificilmente irão se divertir com as brincadeiras tipicamente taqlhadas para as meninas. Brincar de casinha? Só se a casinha estiver pegando fogo e elas forem as heroínas que salvarão as famílias da 'flambagem' certa. Ser a mamãe e fazer a comidinha certamente as faria bocejar, pois tal tipo de brincadeira não oferece a estimulação atrativa de que necessitam para se manterem concertradas e interessadas. Daí, não é preciso ter muita imaginação para concluir que, provavelmente, elas terão problemas de relacionamento com seus coleguinhas. Elas têm dificuldades em se adaptar à placidez da maioria dos brinquedos femininos e sentem-se, talvez, atraídas pela maior atividade proporcionada pelas traquinagens dos garotos. Mas enfrentam a possibilidade de rejeição ou de não poder acompanhá-los no nível de risco e agressividade de suas brincadeiras. Afinal, elas não deixam de ser meninas.
[...]
O fato é que elas chegam à adolescência e idade adulta quase sempre se autorecriminando a cada passo, cada atitude, pensamento e declaração fora do padrão imposto. Para a maioria dessas mulheres, ninguém está lá para lhes dizer que é esta justamente a sua marca, que dessas características provavelmente emergirão seus talentos e que elas devem buscá-los e desenvolvê-los."
(SILVA, Ana B. Barbosa. Mentes Inquietas. TDAH: desatenção, hiperatividade e impulsividade. p 49; 52)
Assim como os meninos, elas são facilmente notadas em meio a um grupo de crianças, na vizinhança, na sala de aula. Bagunceiras, ousadas e frequentemente respondonas, dificilmente irão se divertir com as brincadeiras tipicamente taqlhadas para as meninas. Brincar de casinha? Só se a casinha estiver pegando fogo e elas forem as heroínas que salvarão as famílias da 'flambagem' certa. Ser a mamãe e fazer a comidinha certamente as faria bocejar, pois tal tipo de brincadeira não oferece a estimulação atrativa de que necessitam para se manterem concertradas e interessadas. Daí, não é preciso ter muita imaginação para concluir que, provavelmente, elas terão problemas de relacionamento com seus coleguinhas. Elas têm dificuldades em se adaptar à placidez da maioria dos brinquedos femininos e sentem-se, talvez, atraídas pela maior atividade proporcionada pelas traquinagens dos garotos. Mas enfrentam a possibilidade de rejeição ou de não poder acompanhá-los no nível de risco e agressividade de suas brincadeiras. Afinal, elas não deixam de ser meninas.
[...]
O fato é que elas chegam à adolescência e idade adulta quase sempre se autorecriminando a cada passo, cada atitude, pensamento e declaração fora do padrão imposto. Para a maioria dessas mulheres, ninguém está lá para lhes dizer que é esta justamente a sua marca, que dessas características provavelmente emergirão seus talentos e que elas devem buscá-los e desenvolvê-los."
(SILVA, Ana B. Barbosa. Mentes Inquietas. TDAH: desatenção, hiperatividade e impulsividade. p 49; 52)
domingo, 6 de junho de 2010
Sorrir para a vida
Sorrir de si e para o mundo
Com humildade e mansidão se projetar na realidade, cultivando a paciência.
Nutrindo-se de algo maior, algo melhor, nutrindo-se de alimento para a alma e revestindo-se da beleza que vem de dentro.
Aprendendo. Sendo feliz e aprendendo.
Em meio à confusão, ao medo, à insegurança, em meio aos desencontros. Mesmo no encontro com as próprias limitações, as marcas do passado, do que foi triste, Estar Alegre, grata e feliz. Ressurgir em alegria. Renascer com valores melhores, príncipios de vida. Ser Fênix, a verdadeira.
As vezes ferimos apenas para evitar de sermos feridos
As cicatrizes das experiências fazem com criemos uma "casca grossa" e acabamos insensíveis às experiências novas com receio da dor.
Há o medo. Há a insegurança.
Mas há o amor, há a esperança, há a vida.
E dar uma nova oportunidade para si, para quem vale a pena.
Acreditar no melhor
Desejar a verdade
E aceitar o presente, o melhor
ter paciência
respeitar a si e ao próximo, aquele ser bem próximo
Aceitar a emoção
E cultivar o amor
permitir que cresça
Que ilumine
que norteie
que seja amor
querido e amado amor
As cicatrizes das experiências fazem com criemos uma "casca grossa" e acabamos insensíveis às experiências novas com receio da dor.
Há o medo. Há a insegurança.
Mas há o amor, há a esperança, há a vida.
E dar uma nova oportunidade para si, para quem vale a pena.
Acreditar no melhor
Desejar a verdade
E aceitar o presente, o melhor
ter paciência
respeitar a si e ao próximo, aquele ser bem próximo
Aceitar a emoção
E cultivar o amor
permitir que cresça
Que ilumine
que norteie
que seja amor
querido e amado amor
segunda-feira, 31 de maio de 2010
segunda-feira, 24 de maio de 2010
quarta-feira, 19 de maio de 2010
terça-feira, 18 de maio de 2010
Como impedir que nossas dores transformem-nos em carrascos?
Como fazer?
Quanta dor, isolamente, sentimento de rejeição na nossa trajetória.
Quem jamais viveu esse tipo de experiência, se perguntou Henri Nouwen. - Todos vivemos.
Como fazer catarse de toda essa rude emoção?
E evitar que nossas frustrações transborde em desespero no pequeno coração.
Como?
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Aceitar
É tão difícil se aceitar. Aceitar a própria aparência, o próprio ritimo e o próprio sonho, porque não, quando é diferente do restante todo. Quando ser foge a regra e caminha pela vereda da exceção, é difícil, inclusive, se amar.
Esse é o meu desafio. Ser, parecer o que sou. Se for para usar máscara, que eu use a minha. Se for para haver frustração, que seja pela minha escolha. Mas a certeza que tenho é que o meu sucesso só dependende da minha coragem em
ser quem sou
domingo, 9 de maio de 2010
quinta-feira, 6 de maio de 2010
De que se constrói o amor?
Te canto uma música que fala de amor
Cuido de ti na minha ausência
Respiro você
De que é feito o amor?
Lembro do primeiro dia em que te vi
Como quando me ninou em seu regaço
Com paciente presença no olhar
Por que te amo amor?
Suspiro o reencontro
Minh´alma está ligada à sua
Te pertenço desde sempre
Sou sua
...
Assim acontece amor
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Acredito?
AA
Acredito no amor, na entrega desmedia.
Acredito na verdade, na sinceridade. Acredito na mansidão, na pureza da alma, na lealdade.
Acredito no amor verdadeiro. Na busca por completude e ainda na integridade do ser.
Acredito na vida após a morte. Não sei onde, mas a energia se transforma e não há somente vida aqui.
Acredito no poder da mente e da auto-cura, bem como na inteligência e integridade dos médicos.
Acredito que pode ser diferente, e que devemos sempre tentar o melhor.
Acredito nas pessoas, há pessoas boas.
Acredito nos idosos, na sua capacidade e possibilidade de se auto-descobrirem.
Acredito na inocência e curiosidade das crianças.
Acredito na vida como vida, hoje e aqui.
Acredito na vontade humana, nos seus instintos e desejo.
Acredito no auto-controle e no espírito manso.
Acredito na paciência, na introspecção e no auto-conhecimento.
Acredito no amor, acredito em mim.
Acredito no potencial humano, acredito no impossível.
Acredito no amor da juventude e na primeira entrega da alma.
Acredito na generosidade e partilha.
Acredito na bondade.
Acredito no conhecimento, sabedoria e humildade.
Acredito nas escolhas e suas consequências.
Acredito na curiosidade e na vontade de saber.
Acredito nas respostas provisórias e nos conhecimentos por elas adquiridos.
Acredito na Matemática, na Filosofia e em Deus.
Acredito no amor, na Terra, na Vida e no Céu
Acredito naquilo que é pequeno e meus olhos não são capazes de ver
Acredito nos meus sonhos, acredito no impossível, acredito no que posso realizar
Acredito que minha imaginação é uma fábrica de realidade
Acredito no amor, acredito na paixão, acredito nos jovens
Acredito em meus pais, acredito em meus amigos
Acredito em toda boa crença, e acredito que elas mudam
Acredito na mudança, transformação e transitoriedade
Acredito no pensamento, na humildade, na reflexão
Acredito no que acredito
Acredito sim
Acredito no Sim
Às vezes não duvido de não
quarta-feira, 28 de abril de 2010
"Para Jingyi, as mulheres são como a água e os homens, como as montanhas. A comparação era válida? Fiz a pergunta aos meus ouvintes e recebi mais de duzentas respostas em uma semana. Dessas, mas de dez vieram de colegas meus. O Grande Li escreveu: 'Os chineses precisam das mulheres para formarem uma imagem de si mesmos - como as montanhas ao se refletirem nos riachos. Mas os riachos correm das montanhas. Onde está a imagem verdadeira, então?' "
(Xinran. As boas mulheres da China. p. 179 Companhia das Letras. 2003)
domingo, 4 de abril de 2010
Queria correr
fugir do som e das vozes
muitas e várias vozes e eu não estou acostumada com a minha
não consigo ouvir a minha voz
são raros os momentos em que consigo ouvir
quando ouço minha voz, ouço o verdadeiro mundo
ouço o importante a ser feito
tenho mais clareza das coisas, de tudo
minha voz muitas vezes é abafada pelo meu medo
pela minha insegurança
quando não a ouço, sou um quase
metade
por pouco chego
se não fosse, realizado teria
se ouço, sou inteira
se cumpro minha voz, se cumpre a profecia
mas minha revelação ainda é parca
quero me ver me ouvir me ter
é difícil
as vozes, muitas vozes, fico perdida
tenho medo
quero fugir
mas algo no fluxo de sangue me dá tchau
mostra que nem tudo é mecânico
nem tudo é um ir e vir do trânsito da linha vermelha
o carro pisca o farol o motorista me vê e dá tchau
no ir e vir de automóveis na linha vermelha
ele não é somente mais um seguindo não sabendo para onde
alienado do seu destino
ele era um coringa inserido na multidão dos carros
que ao me notar, ali, absorta em pensamentos,
se fez um notável
tchau carro do fluxo de sangue da linha vermelha cheia de carros que vêm e vão
fugir do som e das vozes
muitas e várias vozes e eu não estou acostumada com a minha
não consigo ouvir a minha voz
são raros os momentos em que consigo ouvir
quando ouço minha voz, ouço o verdadeiro mundo
ouço o importante a ser feito
tenho mais clareza das coisas, de tudo
minha voz muitas vezes é abafada pelo meu medo
pela minha insegurança
quando não a ouço, sou um quase
metade
por pouco chego
se não fosse, realizado teria
se ouço, sou inteira
se cumpro minha voz, se cumpre a profecia
mas minha revelação ainda é parca
quero me ver me ouvir me ter
é difícil
as vozes, muitas vozes, fico perdida
tenho medo
quero fugir
mas algo no fluxo de sangue me dá tchau
mostra que nem tudo é mecânico
nem tudo é um ir e vir do trânsito da linha vermelha
o carro pisca o farol o motorista me vê e dá tchau
no ir e vir de automóveis na linha vermelha
ele não é somente mais um seguindo não sabendo para onde
alienado do seu destino
ele era um coringa inserido na multidão dos carros
que ao me notar, ali, absorta em pensamentos,
se fez um notável
tchau carro do fluxo de sangue da linha vermelha cheia de carros que vêm e vão
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
terça-feira, 16 de fevereiro de 2010
sábado, 13 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010
Vergonha
Somente olho para os pés, pois feri a dignidade, minha dignidade
Não fito ninguém nos olhos pois fujo da censura
Mas a censura vem de mim
Manchei e maculei meu orgulho, me envergonhei
Fui envergonhada
Vergonha sem necessidade
Fruto do descuido
Fruto da maldade
Deparo-me religiosa com a moralidade
daquilo que é lícito, daquilo que é certo
desonrei o nome de meu pai
e os ensinamentos de minha mãe
Peço perdão a Deus
e peço perdão ao meu irmão
Peço ainda coragem para enfrentar meu erro com dignidade
Peço muita força e muita coragem
Abaixo minha cabeça, e desta vez com razão
envergonhada por minha atitude
frustrada com minha ação
Peço mais uma vez força, coragem e ação
para reconhecer meu erro e pedir perdão a meu irmão
Não fito ninguém nos olhos pois fujo da censura
Mas a censura vem de mim
Manchei e maculei meu orgulho, me envergonhei
Fui envergonhada
Vergonha sem necessidade
Fruto do descuido
Fruto da maldade
Deparo-me religiosa com a moralidade
daquilo que é lícito, daquilo que é certo
desonrei o nome de meu pai
e os ensinamentos de minha mãe
Peço perdão a Deus
e peço perdão ao meu irmão
Peço ainda coragem para enfrentar meu erro com dignidade
Peço muita força e muita coragem
Abaixo minha cabeça, e desta vez com razão
envergonhada por minha atitude
frustrada com minha ação
Peço mais uma vez força, coragem e ação
para reconhecer meu erro e pedir perdão a meu irmão
domingo, 31 de janeiro de 2010
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
domingo, 24 de janeiro de 2010
Moira e sofia
Moira é meu destino
Destino que moldo com as próprias mãos
Toda Sofia é necessária
Sofia é a sabedoria
Sabedoria que vem do saber que não se sabe
Que é preciso aprender
Viver é um cubo mágico
Colorido, difícil de resolver
Prazeroso de tentar responder
O espelho é o outro
O outro no qual nos vemos, nos encontramos
Nesse espelho enxergamos nossa limitação
No outro somos acusados quando acusamos
Prejudicados quando prejudicados
Amados e bem queridos, quando queremos e bem amamos
A criança sorri
Moira e Sofia correm e se encontram num abraço
Duas pequenas crianças que caminham
Caminham, correm e se jogam nos braços da outra
Inocentes que caminham sob o olhar de sua mãe
Envelhecer
envelheci os 26 anos que vivi
Renovo minhas forças
Torno-me bela por dentro, meu corpo sente por fora
Assobio, danço, leio, rio e escrevo - choro
Grito, canto, me lanço
Corro, corro da vida, corro para a vida
Tropeço, caio, caio novamente, mas me levanto
Ergo a cabeça, olho avante
A vida é bela, é um grande Gigante
Mistério dos deuses
Prazer de descobrir nos braços do amante
a razão de estar e existir
a razão de ser e sentir
Ao prazer sou grato, grato
por estar aqui
Agradeço ao amor
por simplesmente me permitir
Destino que moldo com as próprias mãos
Toda Sofia é necessária
Sofia é a sabedoria
Sabedoria que vem do saber que não se sabe
Que é preciso aprender
Viver é um cubo mágico
Colorido, difícil de resolver
Prazeroso de tentar responder
O espelho é o outro
O outro no qual nos vemos, nos encontramos
Nesse espelho enxergamos nossa limitação
No outro somos acusados quando acusamos
Prejudicados quando prejudicados
Amados e bem queridos, quando queremos e bem amamos
A criança sorri
Moira e Sofia correm e se encontram num abraço
Duas pequenas crianças que caminham
Caminham, correm e se jogam nos braços da outra
Inocentes que caminham sob o olhar de sua mãe
Envelhecer
envelheci os 26 anos que vivi
Renovo minhas forças
Torno-me bela por dentro, meu corpo sente por fora
Assobio, danço, leio, rio e escrevo - choro
Grito, canto, me lanço
Corro, corro da vida, corro para a vida
Tropeço, caio, caio novamente, mas me levanto
Ergo a cabeça, olho avante
A vida é bela, é um grande Gigante
Mistério dos deuses
Prazer de descobrir nos braços do amante
a razão de estar e existir
a razão de ser e sentir
Ao prazer sou grato, grato
por estar aqui
Agradeço ao amor
por simplesmente me permitir
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