quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Faber-castell


Ela se disfarçou de homem para prosseguir. Escondeu seus cabelos, vestiu a armadura e foi para arena lutar. Não conhecia a força dos seus oponentes, e sabia que sua força não era a maior. Mas sabia que iria lutar, mais que isso, sabia que iria vencer.

Uma dama jamais deveria se colocar numa arena, com armas e armadura sobre um cavalo de crina reluzente para defender seu futuro reino e garantir seu reinando. Mas ela era a única que defenderia seus desejos, sonhos e ideais.

Era ela quem realizaria seu próprio destino, pois ela mesma já o tinha traçado. Nada, nem ninguém se colocariam como obstáculo entre ela e todos os seus desejos e sonhos. Por mais que o medo, a insegurança e a tristeza, a decepção e o assombro viessem sorrateiramente tentar minar suas forças e desvirtuá-la de seus propósitos, ela não sucumbiria.

Ao entrar no pátio o sol reluziu sobre suas vestes e ela brilhou como o próprio sol. A crina de seu cavalo reluziu tão vermelho que a armadura ficou como incandescente – quente, viva, imortal. O animal, que sentiu a energia, a força e vibração tamanhas, se inclinou ao alto. Ela confiante segurou-se firme e sorriu. Ali, naquele instante, já sentia o sabor da sua vitória.

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