terça-feira, 4 de dezembro de 2012

"Aprendi a ser tão forte, que hoje já não tenho mais força. Passei tanto tempo sozinha. Cresci acompanhada da TV e dos livros. Construí muralhas para me proteger. AS muralhas estão densas, altas. Quase intransponíveis. Por pouco me perco num labirinto. Sem saber como chegar, sem saber onde chegar."

"Não quero mais ter que me proteger tanto. É tanta força canalizada para isso que às vezes sinto-me exaurida."


"As borboletas voam, elas não se protegem. Se se protegessem muito, elas não voariam."

"Tento oferecer ao mundo a proteção que quando precisei não tive. Ingenuidade minha, pois ainda preciso. Não somente proteção de mim mesma. Mas proteção do mundo."

"Seria legal estar com alguém que eu não tivesse preocupação de proteger. Alguém de quem eu não precise me proteger."

"Passei muito tempo entre as muralhas, sendo meu pior inimigo, que não faço idéia dos perigos que residem lá fora."

"Agora que não luto mais comigo mesma. Agora que não preciso mais brigar incessantemente no meu interior, posso olhar o mundo. Enxergar o que há fora de mim."

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