segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Incoerência

Cortejo sua ausência.
Deleito-me na sua falta.
E vivo, sem você, o amor impossível de viver contigo.
Não preciso de você, pois tenho sua imagem, sua lembrança.
Isso me é suficiente para viver o platônico amor romântico que sempre desejei. Sempre tive.
Na inviabilidade da sua própria existência, o amor nasce.
Cresce na ausência, padece na liberdade da qual se alimenta.
Amor não existe.
O que existe é o desejo de amar.
Como não é possível, o amor é eterno.

Um comentário:

Karla Gregório disse...

Ainda tenho alguma dificuldade de viver o amor fácil e simples. Mas ele parece tão gostoso, simples e prático. Desejo que eu seja feliz amando alguém que me ame com amor e simplicidade, como algo normal. Sem briga, sem dor. Apenas, naturalmente, como as coisas são quando têm que ser...