É como se fossem as mesmas.
Mudaram por fora.
Por dentro eram as mesmas.
Os temores ainda tinnham poder sobre elas.
Não sabiam como domá-lo. Ainda não tinham conseguido aprender.
Assim surgia mais um temor: será que um dia conseguiriam sair da roda de suas enfadonhas vidas?
Mas era que gostavam daquela vida.
Gostavam do medo e da reclusão.
Gostavam da clausura. Tinham toda liberdade do mundo, mas optavam por viver no interior de seus interiores. Solitárias. Sequer se viam.
Mas estavam ali vivendo uma do lado da outra.
Ambas sofriam e gostavam.
Cultuavam a nostalgia e a dor.
Amavam na solidão a ausência do amor.
Nisso amavam o amor, a ninguém mais.
Pensaram por um segundo que tinham mudado.
Por um instante quiseram mudar.
Mas o tempo revelou a verdade: não foram longe.
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