sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Aprendi tão bem a fugir

a esconder

a mascarar


Que minhas emoções estão 

naufragadas em mim

Não consigo enxergá-las

Estão anuviadas

Não consigo me ouvir

 

Insisto em fugir

Não sentir

Não enxergar

Não lidar

Não falar

Expressar

 

Estou sempre a silenciar

Não raro a me omitir

Querido Deus

Mãe Natureza

Trabalha em mim

Permita-me fazer-me sentir

Ouvir

Falar
 

Me fazer notar

Assim de verdade ser

E poder amar

E viver para além, algo além

de Sonhar-divagar

quarta-feira, 17 de outubro de 2012


Acordei um dia e decidi escrever uma nova página no meu velho diário largado num canto do quarto. Aquele diário mágico que transforma em realidade tudo de bom que nele escrevo. Escrevi numa página amarela e ressequida:

 

O amor bateu em minha porta e eu abri

Senhoras e senhores venham comigo celebrar

Senhoras e senhores vejam como é bom amar

Senhoras e senhores sentados vamos cantar

E sempre permitamos a vida pulsar

 

Sim ele bateu na porta, e sem medo abri. Convidei para entrar e cear. Ceou, gostou, ficou. Domei o amor. Ele intensamente me tocou. Ficar para sempre se prontificou. E ali, no meu lar, o sagrado se instaurou. Fui feliz, sou feliz, eu, ele e o amigo-amor.

Novo round

Mais uma vez ela me confrontou. Desafiou. Demonstrou seu poder.
A paixão mais uma vez ronda minnha vida. E me faz refém de si, uma presa, uma simples caça...
Tento, como sempre, fugir. Debato-me furiosa enebriada de amor e paixão. Ódio de perder mais uma vez.
Perder a razão, a noção, o poder. Me perder nos braços do infinito e me encontrar num outro olhar. Ganhar fôlego de vida, ao ser afixiada pelo prazer. E me perder, e me perdendo, ganhar....